Este post de Felipe Turlão no Meio & Mensagem explica porque o marketing promocional vai dar lugar ao “live marketing”:
“Uma expressão como “abaixo da linha” não pode ser boa para quem está nela, seja qual for a circunstância. A versão em inglês, bellow the line, por muitos anos foi a alcunha que reunia uma série de iniciativas que iam de ações promocionais a eventos, passando por ativações e ações de ponto-de-venda. Com o tempo, o segmento de promoção passou a adotar o nome próprio marketing promocional. E, agora, estamos no limiar de uma nova mudança proposta pelas agências do setor. É chegada a hora do live marketing. Por trás do nome, está uma nova maneira de enxergar o segmento. “Olhamos nossa especialidade como a união de atividades de marketing que consigam provocar interlocução entre marcas, produtos e pessoas, por meio de sensações como o olhar e o olfato”, resume Marcelo Leinard, da agência Hands.Bons exemplos que explicam como funciona o live marketing foram exibidos por executivos de três importantes anunciantes. Chiara Martini, da Heineken, mostrou uma ação em que as pulseiras se tornaram mídia durante o festival Lollapalooza. “O live marketing nos permite fazer parte do momento de entusiasmo do fã. Tivemos algumas ações como a roda gigante, mas a pulsiera permitiu que nós interagissemos elegantemente no momento de contato do fã com a banda”, afirma.
Da mesma forma, a P&G dedica uma boa parte de sua verba de marketing a ações desse tipo, como Avião do Faustão. “Antes, só precisávamos que o conhecimento sobre a marca crescesse. Hoje, é necessário também que o consumidor fale dela e que se envolva. Por isso, é essencial termos ações de live marketing, que fazem diferença para gerar engajamento”, afirma Stephanie Alba, executiva do anunciante, citando ainda o case em que a marca raspou a barba do cantor Bell Marques. Fernando Chacon, do Itaú, lembrou investimentos do banco como o de oferecer bicicletas para o transporte da população em São Paulo, Rio de Janeiro e, agora, Recife. “É uma das causas do banco trazer impactos positivos para a mobilidade urbana”, aponta. Um pouco mais do estabelecimento do live marketing poderá ser discutido entre os dias 29 e 30 de julho, em São Paulo, com a realização do primeiro congresso do setor. “Queremos que o live marketing seja a expressão que funcione como guarda-chuva para todas as ferramentas do antigo marketing promocional, incluindo eventos, promoções, incentivos, ativações e ações de ponto de venda”, afirma Kito Mansano, presidente da Associação de Marketing Promocional (Ampro). “Fazemos coisas ao vivo. Como digo, é um mercado no qual posso ser fantástico, ou errar feio na mosca”, reflete, dando pano para que as discussões continuem no congresso.”